Irritas-me!
Irritas-me.
Muito.
Demais.
Mas porra, como eu gosto disso.
Irritas-me quando te levantas do computador, vens-te deitar e depois lembras-te que tens fome. Pedes e pedes que te vá buscar cereais ou tostas, e eu reclamo contigo até me cansar e acabo por ir.
Irritas-me quando vais lá a baixo fumar e apercebes-te que te esqueceste do tabaco no quarto, eu reclamo contigo até me cansar e acabo por ir.
Irritas-me quando me roubas o cobertor e te enrolas todo de propósito e eu acabo destapada, reclamo contigo até me cansar e deixo-te estar.
Reclamo contigo, mas no fundo, gosto que me peças as coisas. Acabo por ir buscar seja o que for que quiseres porque te amo e quero que tenhas tudo o que eu for capaz de te dar, seja uma mera taça de cereais ou um simples cigarro. Ou todo o meu coração (esse já o tens).
Reclamo contigo, mas gosto da atenção que dás, mesmo que seja para me irritar.
E só te peço que me irrites para o resto da minha vida.
Prometo que reclamo contigo até seres velho e mais rabugento.
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