Tu a seres tu
Há uma semana atrás, estava deitada na cama a fingir ver um filme, mas na realidade a pensar na segunda. Segunda que eu tinha de folga e mil coisas que fazer.
Uma parte de mim, contente por não ir trabalhar e outra triste porque tu ias e isso implicava que ficava longe de ti, um dia inteiro e sem o trabalho para me distrair das saudades. Sim, continuo a ter saudades tuas mesmo sabendo que te vejo no fim do dia.
No dia seguinte, levantaste-te triste e zangado porque ias trabalhar e não querias (ou pensava eu que ias). Vestiste-te na maior das calmas, o que estranhei mas achei que era a tua falta de vontade. Saíste de casa com tudo o que levas no dia a dia, e eu com a esperança que voltasses para casa, quando me mandaste uma mensagem a dizer "love you" foi quando me convenceste que tinhas mesmo ido.
Subi as escadas à procura de vontade de ir limpar as janelas e de fazer os trabalhos de curso, a minha mãe acabou por subir e veio perguntar-me como podíamos mudar a sala e sinceramente, a minha disposição era zero. Fui descendo as escadas atrás dela sem vontade nenhuma e distraída com o telemóvel.
E quando cheguei à sala, estavas tu.
Tu, com um sorriso e um ramo de flores.
Pregaste-me um susto e foi tudo uma mistura de emoção entre choro e risos, porque mais uma vez me tinhas enganado para me fazer uma surpresa e voltares para casa.
E é por causa destes teus gestos que quando vejo fotos ou vídeos de outros casais a ser super extravagantes, sinto-me sortuda.
Porque para eles o romantismo é bens materiais ou gastos de dinheiro em hotéis e etc.
E para mim, o romantismo és pura e simplesmente tu.
Tu com a tua simplicidade e calma em tudo.
Tu com os teus pequenos gestos.
Tu com abraços aos fins de semana de manhã.
Tu a ires buscar-me ao trabalho porque está escuro.
Tu a amares-me mesmo quando sou idiota.
Tu rabugento.
Tu a parvar.
Tu a seres tu.
Para mim, o melhor acto romântico foi existires e partilhares comigo a tua vida até à velhice.
Amo-te tanto tanto que custa explicar.
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