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A mostrar mensagens de maio, 2017

Deixaste-me nua

Deixaste-me nua. Nua de mim mesma.  Nua de tudo o que poderia ter sido e não fui.  Por mais difícil de explicar, foi o que senti ao teu lado. Cada medo que te contava, cada aflição que deixava escorrer pelos meus olhos, cada segredo dito, foi como se tivesses arrancado camadas de roupa pouco a pouco.  É engraçado como as pessoas são capazes de decifrar umas às outras, com apenas um pouco de determinação. Contudo, contigo é diferente. O meu medo de te aborreceres de mim nunca chegou a surgir, o medo de ires embora esvaneceu num dia de muito vento, as aflições do dia-a-dia acabam no exacto momento que me abraças quando chegas, os meus ataques de pânico ou ansiedade são tão raros que nem me lembro que outrora existiram.  Acho que é isso que o amor faz.  Não falo daqueles amores que achamos que tudo vai dar certo e nos submetemos a uma submissão sem retribuição. Não falo de amores em que permitimos que não nos deem o devido valor porque "sei que me ama"....

Irritas-me!

Irritas-me.  Muito.  Demais.  Mas porra, como eu gosto disso.  Irritas-me quando te levantas do computador, vens-te deitar e depois lembras-te que tens fome. Pedes e pedes que te vá buscar cereais ou tostas, e eu reclamo contigo até me cansar e acabo por ir.  Irritas-me quando vais lá a baixo fumar e apercebes-te que te esqueceste do tabaco no quarto, e u reclamo contigo até me cansar e acabo por ir. Irritas-me quando me roubas o cobertor e te enrolas todo de propósito e eu acabo destapada, reclamo contigo até me cansar e deixo-te estar. Reclamo contigo, mas no fundo, gosto que me peças as coisas. Acabo por ir buscar seja o que for que quiseres porque te amo e quero que tenhas tudo o que eu for capaz de te dar, seja uma mera taça de cereais ou um simples cigarro. Ou todo o meu coração (esse já o tens). Reclamo contigo, mas gosto da atenção que dás, mesmo que seja para me irritar. E só te peço que me irrites para o resto da minha vida. Prometo q...

Como te descrever?

Acho que nunca vou ser capaz de  realmente  te descrever a todo o pormenor.  Todas as tuas manias que amo, todas as tuas birras falsas, todas as tuas opiniões, todas as tuas  características   tanto  físicas como psíquicas.  É estranho para mim fazer este tipo de textos em que aprecio as qualidades de quem amo ao invés das mágoas causadas por alguém que outrora gostei, sim gostei. Olhando para trás a única pessoa que realmente amo és tu. Tu que me iluminas o dia com cara de rabugento. Tu que me suportas em todas as ocasiões e me alertas quando estou errada. Tu que me ouves mesmo quando acho que não. Tu que me corriges em privado e me elogias em público. E como poderei eu, alguma vez, descrever alguém que amo tanto e que torna qualquer dia cinzento e aborrecido, no melhor dia de sempre? Como é que digo ao mundo que amo cada parvoíce que faças, sejam elas, mãos de dinossauro ou seres uma minhoca? Que confio em ti, mesmo depois de me teres feito...